O prefeito de Júlio de Castilhos, Bernardo Quatrin Dalla Corte, assinou o decreto, nesta quinta-feira (30), que declara situação de emergência por conta dos estragos causados por um temporal que atingiu o município na noite anterior. Os prejuízos calculados já superam os R$ 500 mil.
Além do destelhamento de casas, da queda de árvores e de postes, o interior e três bairros da cidade ficaram sem energia elétrica. Dois locais de ensino, o Instituto Estadual de Educação Vicente Dutra e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Élio Salles, registraram estragos. A Secretária de Agricultura, Ana Paula Alf Lima Ferreira, informou que pelo menos 150 casas foram atendidas com distribuição de lona.
As aulas de toda a rede municipal estão suspensas e sem previsão de retorno. O galpão onde ficam os veículos da prefeitura foi danificado com o vento. Conforme a BaroClima Meteorologia, os acumulados no município ficaram em torno de 41 mm e os ventos chegaram a 60 km/h. Cerca de 30 indígenas precisaram ser abrigados no ginásio municipal diante do temporal. A estimativa é de que o município só volte à normalidade em 15 dias.
– Depois de uma longa estiagem, quando chove, vem esse vendaval que destrói metade da cidade. Já estamos providenciando a compra de 900 telhas para suprir as necessidades que as casas dos bairros precisam. Acho que todos os postes de madeira que tinham ainda em Júlio de Castilhos caíram, danificando escolas e casas – relatou o prefeito à Rádio CDN 93,5 FM.
A Defesa Civil do Estado e o Corpo de Bombeiros de Santa Maria também estiveram em Júlio de Castilhos, pela manhã, para auxiliar na assistência à população.
Em 2022, o município passou por situação semelhante e também emitiu o documento para garantir recursos e realizar os reparos necessários.
Tupanciretã também sofreu estragos
Na cidade de Tupanciretã, o temporal também gerou estragos, ainda que brandos. A chuva acumulada nas últimas 24 horas é de 33 mm, conforme a Baroclima Meteorologia. E os ventos foram de 74 km por hora. O prefeito do município, Gustavo Herter Terra, avaliou a situação da manhã pós temporal como controlada:
– Não tivemos maiores danos. Desde cedo nossa equipe esteve na rua tratando dos problemas.
Estragos. Foto: Defesa Civil de Tupanciretã/Jornal Manchete Tupanciretã Digital
Após reunião na manhã desta quinta-feira (30) com a Defesa Civil de Tupã, o prefeito listou as consequências da chuva no município, entre elas, árvores caídas em rede elétrica, deixando vários bairros sem luz, e poucas dezenas de casas destelhadas, que em na sua maioria já foram consertadas pelos próprios moradores.
A Coordenadora da Defesa Civil Municipal, Vânia Vendruscolo, confirmou que a equipe entregou lonas para alguns moradores devido ao destelhamento. Árvores caídas foram registradas em vários pontos da cidade e os bombeiros voluntários do município já normalizaram a situação. A queda de um muro em um estabelecimento comercial também foi mapeado. A mesma situação se repetiu nas estradas, principalmente em obras de pavimentação. Terra indica que, no momento, elas já foram retiradas e o fluxo das vias estão normalizados. Carros atolados no interior foram as únicas ocorrências registradas na zona rural.
Mesmo com chuvas mais regulares, o prefeito reitera que o abastecimento de água para 42 famílias devido a estiagem continua. Tupaciterã foi a primeira na região central a decretar situação de emergência pela pouca chuva.
Acumulados das últimas 24h na Região Central
Caçapava do Sul – 72 mm
Rosário do Sul – 58 mm
Santiago – 48 mm
Júlio de Castilhos – 41 mm
Cruz Alta – 35 mm
Restinga Sêca – 34 mm
Tupanciretã – 33 mm
São Gabriel – 22 mm
Nova Palma – 21mm
Faxinal do Soturno – 17 mm
São Sepé – 14 mm
Jaguari – 16 mm
Após o município decretar situação de emergência, qual o próximo passo? Diário Explica
*Dados da BaroClima Meteorologia, atualizados às 06h50 desta quinta-feira (30).